A Noite de Onze de Março

March 20, 2019 | Blog

Querido blog, hoje sinto que estou andando em círculos.

Quando o primeiro oficial a encontrara na clínica psiquiátrica da Dra. Giovana, já era por volta das quatro e quinze da manhã. Apoiava parte de seu peso em papéis espalhados, pertencentes a algum funcionário desafortunado do consultório. Pernas estiradas e duras, os olhos abertos e já completamente desprovidos de todo o brilho.

A lâmina afiada havia deixado um rasgo ao atravessar seu peito, sangue e restos de um coração repleto de agonia pintaram o chão de mármore como uma lata de tinta derramada.

Mas não havia câmeras de segurança para saber como ela parou alí, por onde ela esteve nas últimas horas ou por qual motivo ela desejou invadir aquele estabelecimento. Mas nada disso é tão frustrante quanto não ter acesso aos registros oficiais da polícia, que se recusa, até hoje, a me aceitar como aliada.

Sinceramente, se ao menos eu tivesse poderes mágicos e conseguisse visualizar todas as memórias da Ana antes de morrer... esqueçam, eu estou apenas sonhando acordada. Preciso de um café.

Visualizar Flashback